
Espírito Santo precisa qualificar 279,7 mil profissionais até 2027, segundo Senai.
Por Natália Magalhães
Foto: Renan Donato
Para atender a demanda da indústria do estado do Espírito Santo nos próximos três anos, será necessário qualificar 279,7 mil profissionais entre 2025 e 2027, segundo o ‘Mapa do Trabalho Industrial’. O número contempla a necessidade de formação de 47,4 mil novos profissionais e de requalificação de 232,4 mil que já estão no mercado. A projeção leva em conta o crescimento da economia e do mercado de trabalho. O levantamento é elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo é uma importante ferramenta de inteligência para subsidiar as ações de planejamento de oferta do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O diretor regional do Senai, Geferson Luiz dos Santos, superintendente do Sesi ES, ressalta que o Mapa do Trabalho Industrial é essencial para que conectar as necessidades dos setores produtivos às demandas de profissões com a oferta de cursos e serviços no Senai.
“Estamos em um cenário desafiador e o levantamento confirma as diretrizes que temos adotado aos longos dos anos, com um olhar sempre para o futuro do trabalho e às necessidades do mercado, com propostas curriculares que desenvolvam as competências e habilidades socioemocionais dos alunos, já no caminho das tecnologias contemporâneas”, afirma.
Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, o Estado precisará de 47,4 mil trabalhadores com uma nova formação para atender o ritmo de criação de empregos e a reposição de trabalhadores que deixarão o mercado de trabalho formal.
A pesquisa mostra que, no Espírito Santo, 232,4 mil trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências nas funções que já desempenham na indústria e que são demandadas por outros setores no Brasil.
“O Senai ES entende que o mercado de trabalho exige qualificação contínua e aperfeiçoamento na carreira escolhida, cobrando novas competências dos profissionais. Neste sentido, temos sido sensíveis ao olhar para as pessoas já ativas na indústria capixaba, oferecendo cursos de qualificação e aperfeiçoamento”, ressalta Geferson.
A atualização envolve o desenvolvimento de competências em dimensões como hard skills, -‘habilidades técnicas como domínio de máquinas, equipamentos e softwares’, soft skills, -‘competências comportamentais como pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação’ e ações de saúde e segurança no trabalho, -‘como inspeção de instalações, normas e regulamentos’, para que os trabalhadores contem com as habilidades necessárias para desempenhar as funções de maneira eficaz e segura.